Eu tenho uma grande, absurda e infinita aversão por relações relâmpago. Me assusta o rumo que os relacionamentos estão tomando nos últimos tempos. Apesar de ter nascido no meio dos anos 90, eu vivi um tempo em que as pessoas se conheciam de verdade, que todo mundo tinha poucos, mas bons amigos e que uma amizade não se media pela quantidade de fotos juntos, likes no instagram ou facebook. Tenho medo quando vejo que um grupo de amigos passam mais tempo tirando fotos de suas comidas e bebidas do que conversando entre si! Nos últimos dias tenho tido péssimas experiências com amiguinhos que rápido vieram e rápido se foram.
O texto que ganhou espaço aqui foi tirado do blog do mozão, o que é muito contraditório, já que nos conhecemos na internet e acabamos casando. Hoje formamos um pequeno núcleo familiar moderno que nutre profundo nojo por relações vazias e baseadas em fotos, likes, gostos musicais e instagram, sendo eu professora e ele - guess what - programador. Tendo como inspiração a vida dessa que vos fala, apresento-lhes "Amigo é o caralho", do blog Rascunho Raso.
"Se eu já tiver jogado um jogo raro do Super Nintendo em 1995 que você jogou também, já somos automaticamente os melhores amigos, basta a gente tirar umas fotos juntos com caras bem felizes e postar na rede social preferida. No dia seguinte você acorda já pensando no próximo evento que confirmaremos juntos no facebook e todo mundo ficará sabendo que somos inseparáveis. No fim do dia você posta a música da minha banda preferida no meu mural dizendo que gosta também, pra reforçar mais ainda pra você mesmo que eu sou seu amigo. Ai meu Deus como é bom ser meu amigo né?
Mas ai na próxima semana, você cheira meu peido… e porras como fede né? No primeiro tombo, na primeira cagada a amizade vira resto, vira memória e um futuro de histórias e considerações para a velhice desce todo abaixo né?
Em tempos modernos onde se ganha amigos somente fazendo solicitações virtuais de amizade, vale se questionar no que diabos se transformou o conceito de “amigo”. A Miguxês tão criticada por todo mundo viralizou.
Sei lá, acho que sou o velho ranzinza da parada, mas emana nojo dos “amigos” dessa modernidade fedorenta, dos “amigos” das boas horas, dos fandangos, das coisas em comum, dos high 5, dos “roxeda pivete”. Parece que a amizade verdadeira se cria em horas, minutos, segundos…
As coisas realmente estão indo mais rápido do que deveriam ir!"
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